Podem me chamar de insensível, podem achar absurdo, mas eu não suporto essas datas comerciais. Cumprimento por educação, por tradição, mas detesto (a data, não necessariamente cumprimentar quem curte e acha importante). Já mencionei o assunto quando falei sobre o Natal, e nem vou citar o dia dos namorados pra não dar margem a gracinhas. Mas e o dia das mães? E o dia dos pais?
Galera, na boa, essa visão cristã-romântica de que mãe e pai é a melhor coisa da vida nem sempre funciona. Em prol do aumento das vendas o comércio ENCHE NOSSO SACO o tempo todo nas semanas que antecedem essas datas, sem se importar com o sentimento das pessoas.
“Ah, mas mãe e pai são as melhores coisas que existem, e devem ser homenageados à exaustão no seu dia e blá blá blá”.
Ah tá. Então usa esse argumento pra uma pessoa que foi espancada pelos pais a vida toda. Pra alguém que sofreu abuso sexual do próprio pai. Pra alguém que foi abandonado numa lixeira (já que isso parece que virou moda), ou pra quem cresceu vendo os pais se drogarem e/ou se embriagarem. Pra quem viu os pais serem presos por assassinarem a irmã de cinco anos, como é o caso dos filhos do casal Nardoni. Explica isso pra alguém que tem a coragem de matar os próprios pais. Ou pra quem tenta entender como um pai ou uma mãe pode matar os próprios filhos.
Explica também como alguém que perdeu o pai ou a mãe recentemente consegue não se sentir deprimido e com choro fácil no meio de todo esse marketing sentimentalóide. Ou, pior, pra quem perdeu os filhos de forma trágica, como os pais dos adolescentes que foram mortos na chacina da escola em Realengo. Explica pra uma mulher, cujo sonho sempre foi ter filhos e não pode tê-los, como reagir nessa época. Ou pra uma que vê seu sonho de ser mãe se desmoronar diante de um aborto espontâneo.
Quem teve uma vida tranquila ao lado de pais carinhosos não precisa de um dia pra lembrar disso. Quem não teve, bem poderia ser poupado de toda essa avalanche de pressão midiática colocando sal em feridas que, provavelmente, nunca vão cicatrizar.
24 de maio de 2011 às 14:27
Concordo.
19 de julho de 2012 às 03:07
cá estou outra vez.
Mensagens como esta, são sempre oportunas, sempre bem vindas.
Dia do pai, da mãe, dos namorados, do menino Jesus, do cão e do gato, até que os dias do ano se esgotem, são dias do comércio, especialmente das grandes superfícies, com as suas campanhas ensurdecedoras. São dias de quem vende, não de quem compra.
Para quem compra é o dia de quem se deixa ludibriar com cantigas doces.Que importa que alguém sofra, que alguém tenha horror a essas datas, que alguém fique sem dinheiro para comer, depois da irresponsável euforia das compras?
Pior é que pouco podemos fazer contra essa tradições que as campanhas consumistas vão perpetuando e incentivando, cada vez com mais agressividade. Parabéns pela denúncia.
24 de julho de 2012 às 16:44
Obrigada pela visita, Magus. :)
10 de agosto de 2014 às 09:29
Concordo plenamente....Parabéns pelo texto!!!
9 de maio de 2015 às 18:16
Detesto essas datas também. E me sinto mal durante elas.
10 de maio de 2015 às 16:40
Concordo 100% com vc, essas datas nao passam de dias em q o comercio super fatura, sonho em ser mae, e nao posso, se antes ja ñ gostava agora maid ainda!
10 de maio de 2015 às 19:30
concordo plenamente! odeio dia das mães porque não consigo ter filhos e essa data simplesmente é o pior dia da face da Terra pra mim... Obrigada por postar esse texto em nossa homenagem aos que não podem ser mães.
14 de agosto de 2016 às 10:29
Não acredito que só fui achar esse texto em 2016. Achei que ninguém nunca entenderia meu sentimento com essas datas hipócritas...É reconfortante demais saber que alguém compartilha do seu sentimento. Ótimo texto. Adorei
14 de agosto de 2016 às 10:29
Não acredito que só fui achar esse texto em 2016. Achei que ninguém nunca entenderia meu sentimento com essas datas hipócritas...É reconfortante demais saber que alguém compartilha do seu sentimento. Ótimo texto. Adorei
14 de maio de 2017 às 13:32
Nossa como concordo! Até que enfim alguém que me entende.
13 de maio de 2018 às 06:10
Concordo plenamente
13 de maio de 2018 às 20:23
Eu odeio o dia das mães!!!
Fico muito deprimida, ass estou neste momento. Não tenho com quem desabafar, ninguém vai me entender. Sou mãe, amo demais meu filho tento ser para ele a melhor mãe do mundo e ele sabe disso. Más odeio essa data, vejo todos os filhos se declarando para suas mães, eu não faço isso, não acho que minha mãe mereça declaraçoes, nem demonstrações de amor, pq na vdd acho que não a amo. Tenho 38 anos, não revolta de adolescente, e sim uma magoa, uma angustia que não sai de dentro de mim. Minha mãe me fez sofrer de mais e qualquer sentimento bom que um dia eu possa ter sentido por ela secou. É assim que me sinto, seca. As pessoas envelhecem e fogem que esquece tudo de ruim que javfez na vida, existe um ditado que diz: "Quem bate esquece, más quem apanha lembra."
Hoje passei o dia na casa dela e isso me faz tão mau, não sei nem descrever como me sinto, é triste demais pra mim, sei que ela sofre por um carinho que eu não faço, sofre por minha falta de amor e eu sofro ainda mais, me sinto culpada, me sinto um lixo. Más simplesmente odeio ter que estar na companhia de minha mãe. Todo mundo fala em perdão, más eu não consigo e sei que isso me faz mau, sei que faz mau para ela, más é mais forte que eu. Na vdd o que eu gostaria mesmo era estar bem longe dela, pq só assim todo esse sentimento ruim seria evitado.
Me desculpem, eu precisava desabafar, por pravfora tudo isso!
13 de maio de 2018 às 20:54
Minhas feridas nunca vão cicatrizar!!!
Desculpe más não tempo perdi!
Ela nunca cuidou de mim como uma mãe deve cuidar de um filho, sempre me deixou largada, só não meu torneio puta, viciada ou ladra, pq não estava nos planos de Deus. Sempre ouvia ela dizer "eu só tenho essa daí, o dia que quiser dar esse priquito seco, que de. Só não meu apareça com filho, pq jogo os dois na rua."
Não meu protegida, não meu cuidava, eu tinha nove anos e ela só vivia bebada nos butiquins da vida, trocava de homem igual se troca de roupa e pior levava eles pra casa. Nunca me esqueço do dia que tinha um dormindo em casa, ela chegou acordou ele, botou pra fora e entrou com outro. Eu sentia ódio!! Como disse antes Deus sempre me protegeu, Hoje sou adulta e tenho consciência de todos os riscos que corria. Uma vez quando eu tinha 12 anos, ela já morava com meu padrasto, estava fazendo faxina na casa de um velho que era nosso vizinho, quando entrei lá, os dois estavam tranzando na sala dele, ela saiu correndo pro banheiro cou vestindo a calça ali mesmo, as roupas dela jogadas no chão. Senti tanto nojo daqueles dois, nunca contei nada pra ninguém. Ela passava as noites nos bares e nem se preocupavavem saber como eu estava, onde eu estava. Até meus 16 anos foram tantas as situações inacreditáveis, mas enfim conheci um rapaz e me entreguei para ele, não engravidei, ninguém nem soube, até ela descobrir e fazer um escândalo, deu na minha cara, espalhou para o bairro todo que eu estava descabaçada. Eu não tinha cara para sair de dentro de casa, parei de estudar e de trabalhar e me fechei dentro de casa, só sabia chorar de tristeza, de vergonha. Com 17 anos conheci outro rapaz, começamos a namorar e com um mês de namoro fomos morar juntos, ela odiava ele, esculachava ele de todas as formas. Más ele me amava e atirou tudo por mim, mês que vem faremos 21 anos de namoro, ele é o pai do meu filho e o amor da minha vida. Com ele ( meu marido) e meu filho eu aprendi o que é o verdadeiro amor, só sendo mãe eu aprendi o que é amor materno. AMO MEU FILHO, MÁS ODEIO O DIA DAS MÃES! Se eu tivesse coragem era esta a declaração que eu postaria na minha linha do tempo no facebook.
Me perdoem o desabafo, más eu precisava disso, precisava por tudo isso pra fora.