Alguns pensamentos do dia

Cara, eu sempre digo que meu mundo ideal funciona 24h por dia. Por que esse horário comercial injusto e restritivo? Por que pessoas, como eu, que funcionam melhor à noite, são obrigadas a acordar de manhã cedo pra poder fazer as coisas? Pra andar o dia inteiro embaixo desse sol infernal do Rio? Pensa só, TUDO funcionando 24h por dia ia acabar com o problema do rush (as pessoas trabalhariam em turnos - seria mais inteligente do que todo mundo chegando ou saindo ao mesmo tempo), o desemprego cairia drasticamente, e a economia ganharia um gás e tanto (e eu andaria com um humor bem melhor)...

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Não bastasse eu sair da Dança pra inventar um Mestrado em História, ainda inventei que seria em História Antiga. Mas é claro que isso é pouco. Eu poderia falar do papel da dança nos ritos do Egito, ou nos teatros gregos. Mas nãããão. Nas mesas de debate o Egito e a Grécia não são pontos polêmicos. Eu tinha que me enfiar na História do Cristianismo, onde praticamente não há perguntas e respostas - há discussões que às vezes duram horas e não se chega a lugar algum. Porque minha atração por problemas nunca está satisfeita ferrando com uma ou duas áreas da minha vida...

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Coisas que não entendo:

- Homem passar por mim e falar "que isso, hein?". Eu tenho vontade de responder "mulher, por que? Nunca viu?".

- Polaina no Sul e meia esportiva cano alto no Rio. Maluco, tipassim... Isso é feio demais...

Pret-à-porter


Eu tenho certos problemas com moda... As coisas na minha cabeça se processam de forma muito simples, diria quase simplórias: se eu gosto, uso; se não gosto, não uso. Dane-se que é a última moda em Paris, ou se Gisele Bündchen causou furor na última semana de moda em Nova York. Eu não quero usar.

Só que nem sempre as coisas são tão simples. Calças jeans são um bom exemplo disso.

Qual é o problema em se vender uma calça jeans simples, com um cós mais ou menos (que não seja uma "santropeito" nem um protótipo de saia de dança do ventre), razoavelmente justa nos quadris e mais larguinha da coxa pra baixo? Há algum problema nisso? São confortáveis, não expõe sua região pré-lombar e não atrapalham sua movimentação. Mas não. Aparentemente a moda precisa ditar desconforto em algum ponto.

Depois que desisti de brigar com a moda cós baixo (que, convenhamos, detonou as cinturas femininas, transformando-as no que meus amigos chamam de "mulher-pacote"), e me conformei a simplesmente procurar calças que não fiquem a seis ou sete dedos abaixo do umbigo (ok, até quatro eu ainda encaro), agora me aparece uma nova moda: As calças agarradas ao tornozelo.

O rapazinho da loja hoje me veio com o velho discurso do "tá super na moda, essas calças tão saindo muito"... Eu tive vontade de responder que adoraria se elas saíssem e não voltassem mais, tal é a minha ojeriza à frase "tá na moda". Dane-se que está na moda. Eu não tenho um corpo "na moda", então quero algo que fique bem no meu corpo, e não nas revistas de moda ou nas passarelas. Então eu me olho no espelho com a tal calça "skinny" (que na minha época era nome de biscoito imitação de Fandangos), e me pergunto o que faço da minha vida agora com essa tal moda, se eu sequer tenho uma bota pra disfarçar minha desproporção. Sim, porque eu sou um ser desproporcional. Não que tenha um tornozelo de vareta (vulgo "canela fina"), só que proporcionalmente, minha coxa é muito mais grossa. Fica lindo. É meu complexo de funil me acompanhando pro resto da vida. Antes eram meus ombros extra-GG que sobressaíam que era uma beleza na minha quase ausência de quadris; depois que me tornei uma "mocinha", os quadris apareceram, mas as coxas desproporcionais continuaram lá. E hoje temos os braços também, cortesia de seis anos de dança e muita ralação (leia-se "flexão". Ok, o judô também tem participação nisso).

Well, o fato é que não tive muita escolha e vim pra casa com a tal calça biscoito. E agora tenho que encontrar uma bota que me caia bem pra eu ter com o que usar o negócio. Hm? A moda de bota tá acabando? Pois é, são só nesses momentos que eu me interesso pelas coisas...

(Ai que saudade das calças baggy e boca de sino...)