Os estrangeiros


Pensei em escrever algo sobre essa nova situação de tensão em Israel, mas li um texto de que gostei tanto, e com o qual me identifico tanto, que achei melhor simplesmente reproduzi-lo aqui. Religião (qualquer que seja) nunca provocou guerras; o que provocam as guerras são as lideranças dos países, por interesses políticos e/ou econômicos. Simples assim. A quem se sente inclinado a, num primeiro momento, culpar judeus, cristãos ou muçulmanos por todos esses genocídios que as TV's não cessam de expor, recomendo fortemente a leitura deste texto. Deus - seja lá o nome pelo qual é chamado - não tem absolutamente nada a ver com isso.


Paulo Brabo - Os estrangeiros que são todos.
Texto publicado originalmente em 25 de julho de 2006

Certo de estar a ponto de ferir a sensibilidade de alguns, quero deixar clara minha posição sobre determinado assunto: o Estado de Israel não representa qualquer continuidade, mesmo que honorária, com a tradição religiosa judaico-cristã registrada nas duas metades desiguais da Bíblia. Historicamente e espiritualmente falando o Estado de Israel não representa a religião que se convencionou chamar de judaísmo, e creio que pelo menos lá todos sabem disso.

Há muitos judeus devotos ao redor do mundo, muitos desses em Israel, mas não cabe identificar israelitas com israelenses ou o associar o Estado de Israel à Terra Prometida (e muito menos ao reino de Davi); qualquer tentativa em contrário é engano ou esforço de marketing e de relações públicas, sendo esses últimos patrocinados em grande parte pelos Estados Unidos, com o consentimento embaraçado de Israel.

Tenho amigos em Israel e estou muito longe de ser anti-semita; tenho também queridos amigos muçulmanos, e não sou ingênuo o bastante para crer que a tensão entre Israel e o mundo árabe seja simples de recapitular, de equacionar, de assimilar ou de solucionar. Também não tenho qualquer antipatia pelos israelenses que não são judeus, e tampouco creio haver qualquer diferença de mérito entre as categorias igualmente arbitrárias que acabo de mencionar.

Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.

Tenho ainda a dizer que apenas as guerras me enfurecem mais do que Estados e nações; apenas as guerras soam-me mais atrozes e arbitrárias do que rótulos.

Mas a guerra é um demônio que não pára: seu emblema é o símbolo alquímico das duas salamandras devorando incessantemente uma a cauda da outra. O terrorista de um lado é o herói da resistência do outro. Cada ataque confirma as piores suspeitas que um adversário tem do seu antagonista; cada ofensiva é redimida com novos recrutamentos, que garantem a perpetuação do conflito. Os Estados Unidos permanecem liberando indiscriminadamente o Iraque, fomentando indignação igualmente justificada entre muçulmanos letrados e chãos. Israel, sentindo-se ameaçado como nunca pelo Hezbollah (que é por sua vez patrocinado por implacáveis rancores iranianos e sírios), está atacando de formas sujas e limpas palestinos e libaneses – que estão longe de ser inocentes, mas que morrem com a facilidade atroz de qualquer um – enquanto na América cristãos queimam cópias do Corão em austera homenagem ao Príncipe da Paz.

Morrem quase quatrocentos libaneses num único dia da semana passada, ao mesmo tempo em que os israelenses abandonam em massa o norte do país temendo velhos ataques e novas retaliações.

* * *

É comum associar o cristianismo e a mensagem de Jesus a uma compreensão nova, inclusiva e compassiva sobre a natureza do “outro”. Isso é em grande parte muito acertado, mas é bom lembrar por exemplo que “amai o próximo como a ti mesmo” é injunção da Bíblia hebraica – curiosa exigência que precede a Jesus e da qual o judaísmo não prescinde.

Se Deus não faz acepção de pessoas, todos os genocídios são o mesmo.

Na verdade, são inúmeros os mandamentos da Lei de Moisés explicitamente desenhados para proteger o desavisado outro – o estrangeiro – que se encontrasse em terras de Israel. E o motor dessa tolerância, o declarado motivo para essa misericórdia, deveria ser segundo o texto a recorrente lembrança do passado de Israel como povo estrangeiro e oprimido no Egito, antes do Êxodo e da independência e da Lei: “amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito”.

O israelita é dessa forma desafiado constantemente pela sua Lei a recordar a abjeção da sua condição anterior, bem como a dispensar ao estrangeiro a misericórdia que no passado não obteve:
  • Não rebuscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
  • Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
  • Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis.
  • Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. (Levítico 19:10, 23:22, 19:33-34)
Outras passagens sustentam que o verdadeiro patrocinador desse amor tolerante pelo estrangeiro/outro é o caráter singular de Deus, que não aceita suborno e não faz distinção entre as pessoas:
  • Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno;
  • que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes.
  • Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.
  • Não aborrecerás o edomita, pois é teu irmão; nem aborrecerás o egípcio, pois estrangeiro foste na sua terra.
  • Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em penhor a roupa da viúva.
  • Quando acabares de separar todos os dízimos da tua messe no ano terceiro, que é o dos dízimos, então, os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas cidades e se fartem. (Deuteronômio 10:17-19, 23:7, 24:17, 26:12)
Porém o mundo dá voltas, e os palestinos são hoje hóspedes impossivelmente incômodos dos israelenses, da mesma forma que Israel é refém do mundo árabe, embora conte com a proteção dos americanos, graças aos quais os iraquianos são também estrangeiros em sua própria terra. Só me resta pedir que Deus proteja os estrangeiros que são todos, porque não posso esperar que judeus e cristãos e muçulmanos honrem suas Escrituras ou neguem sua história.

* * *

Ninguém me venha, finalmente, acusar de anti-semitismo: se Deus não faz acepção de pessoas, todos os genocídios são o mesmo. Quanto a judeus e cristãos e muçulmanos que derramam sangue ao mesmo tempo em que alegam possuir alguma intimidade com a Misericórdia, façam-me um favor: vão para o inferno.

Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva. E todo o povo dirá: Amém!
(Deuteronômio 27:19)

Texto retirado daqui.

Mas que inferno!


"O reverendo Charles Scicluna, responsável pelas investigações do Vaticano sobre acusações de molestamento de crianças por padres católicos, disse que os culpados 'sofrerão uma condenação no inferno que seria pior do que a pena de morte'".
http://br.noticias.yahoo.com/s/29052010/25/mundo-molestadores-criancas-vao-inferno-diz.html

Meu caro reverendo, o senhor sinceramente acha que alguém que tem um distúrbio a ponto de molestar sexualmente crianças às vezes de cinco, seis anos, está mesmo preocupado se vai pro céu ou pro inferno?! Aliás, alguém hoje em dia encara essa perspectiva com uma real preocupação?

Quer dizer...

Ok, eu sei que há gente que de todo o coração acredita lá na caverna embaixo da terra, ardendo em fogo, com um monte de capetinhas com tridentes espetando as... Ehr... os traseiros dos pobres condenados à danação eterna, com o capetão-mor (ou "inimigo", como querem alguns) balançando o rabo, sorrindo ferozmente enquanto se delicia com o sofrimento alheio, por mais medieval que a cena possa parecer. Eu, enquanto protestante, tenho minhas questões histórico-filosóficas com isso.

Eu conheço pelo menos uma dúzia de "crentes" (insira aqui a interpretação que bem lhes aprouver, seja com conotação pejorativa ou não, dependendo de sua experiência com esses seres - lembrando que "crente" é aquele que crê, o que não necessariamente se resume a evangélicos ou protestantes [que pra mim dá no mesmo, mas tudo bem] - portanto, se você crê na Grande Abóbora ou nos Jedis, você também é crente) que me condenaria a uma temporada eterna ao lado do chifrudo por conta dessa minha opinião. Eu particularmente dispenso, não me dou bem com calor (e calor por calor, eu moro no Rio de Janeiro, o inferno não pode ser muito mais quente do que a sensação térmica de 50°C que deu neste verão). Well, mas eu tenho cá meus argumentos pra questionar a real existência desse ser mítico, mesmo fazendo parte da turma dos "crentes".

Primeiro o argumento histórico. Até a Primeira Diáspora, também conhecida como "Exílio Babilônico", os textos judaicos descrevem Lúcifer como um anjo a serviço de Deus. Vê-se isso no livro de Jó, onde o capiroto pede autorização para pentelhar o pobre coitado do Jó, que tava lá todo pimpão na dele. Mas, no final das contas, Deus chega, bota ordem no pedaço e resolve. É assim que eu acho que deve ser, e é assim que eu penso que é. O "mal" tem seu papel por algum motivo - até porque, vamos combinar, quando tá tudo às mil maravilhas você fica estagnado. Só aprende a andar quem mete a cara no chão algumas vezes. Soa meio pessimista, mas assim é o mundo. O ser humano é um bicho acomodado.

O diabão lá só começou a ganhar status de muito importante depois da Babilônia. Porque lá os "jacozinhos" se depararam com uma religião chamada Zoroastrismo, que tinha por princípio um deus do bem e um deus do mal. Os caras acharam isso legal, e promoveram Lúcifer. De anjo sob as ordens de Deus, começou a ser o "adversário de Deus".

Aí entra minha questão filosófica; mas Deus não é soberano? A Bíblia não diz que "não cai uma única folha de uma árvore sem que Ele saiba"? Como assim um anjo - a Bíblia diz, inclusive, que os anjos estão abaixo dos humanos quanto à preferência do Todo-Poderoso - pode fazer frente àquele que criou tudo? O cara viraria pó celestial só de pensar isso, vamos combinar.

Ops. Temos uma contradição aí.

Aliás, eu acho muito cômodo desses meus "irmãos" que dizem que tudo que acontece de ruim foi o "inimigo" que agiu. Inimigo o caramba, eu tenho livre arbítrio, pô! Não sou uma peça de xadrez num jogo entre Deus e o diabo não! É muito confortável fazer as merdas e depois se justificar dizendo que foi "o diabo" que o tentou. Aham. Tá bom. E eu sou o anjo Gabriel, prazer. Toma vergonha na cara de assumir os erros e arcar com as consequências. Isso é mais cristão, simplesmente porque é mais sincero. Vide Davi, que matou, cometeu adultério, pintou e bordou, e depois foi lá chorar as pitangas com Deus e aguentou pianinho o resultado. Mas não acusou ninguém das merdas que fez.

Portanto, meu caro reverendo Scicluna, eu acredito, sim, na justiça divina, mas não acho um bom negócio esperar o inferno dar um jeito nessas criaturas que molestam crianças. Por mim, enfia na cadeia, cobre de porrada e depois deixa descansando na salmoura, enquanto pensa em seus pecados. Já que estamos tratando de soluções medievais (inferno e talz), um castiguinho medieval estaria coerente, né não?

* Antes que apareça algum amiguinho seguidor de Lutero (ou de Calvino, ou do Papa, ou de Henrique VIII [sic], whatever) querendo me exorcisar, lembro duas coisas; primeiro, cada um é livre pra crer naquilo que achar melhor. Isso tá na constituição do nosso lindo país. Se você se sente satisfeito pensando nas pobres almas queimando eternamente numa caverna de lava, ok, seja feliz com seu pensamento "cristão", e me deixe em paz. Segundo, além de ter sido ensinada sob os auspícios sábios de John Wesley ("no que não abala os alicerces do cristianismo nós pensamos e deixamos pensar"), o que vai acontecer depois da morte é uma coisa que só morrendo vamos saber. Então não me encham o saco, e esperem morrer pra saber quem tem razão, ok? Um pouquinho mais de paciência, porque todos vamos descobrir algum dia. Depois vocês me contam. Ou eu conto, se for primeiro. Ou não também, eu posso estar confortavelmente curtindo a brisa do céu numa nuvem fofa, ouvindo uma orquestra de anjos tocando harpa (eu já disse que adoro harpa?). Ou cozinhando no inferno segundo vocês, sei lá.

** Em tempo: Não, eu NÃO disse que os metodistas (John Wesley e talz) pensam dessa forma. Estou dizendo que EU tenho liberdade suficiente pra pensar. Não fui eleita representante da doutrina da Igreja Metodista; sigo-a por achá-la coerente, mas isso não quer dizer que eu concorde 100% com ela. Aqui eu represento minhas próprias ideias. Que, inclusive, já mudaram várias vezes e podem voltar a mudar.

Cromosssomo Y


Pois é, parece que depois daquele lance de revolução feminina as coisas ficaram meio confusas. Generalizações não são bacanas, mas já peço desculpas, de antemão, porque farei algumas.

Nós tínhamos a sociedade toda certinha, com os machos da espécie provendo a casa, dando suas puladas de cerca "naturais" (sic), e determinando tudo o que era bom para a família (esposa e filhos). A decisão era dele. Ele era o "chefe da casa". Aí veio essa tal de pílula, umas malucas andaram queimando sutiãs na rua, e o mundo virou de pernas pro ar. E o nosso pobre espécime masculino às vezes parece não saber muito bem como agir.

Deixando claro algumas coisas sobre minha posição acerca do assunto, gostaria de dizer que pra mim quem tem chefe é índio. Fora isso, eu já fui mais feminista, lá pelo começo da adolescência; mas não tem jeito, meu gene romântico medieval não deixou isso evoluir muito. Então eu oscilo entre os dois lados, mais ou menos ali pelo meio. Nem "os homens mandam" nem "abaixo a ditadura masculina". O meio termo é muito difícil de se obter, e por isso ele é tão importante.

Well, voltando ao assunto, o fato é que essa revolução toda parece ter deixado os relacionamentos um tanto quanto confusos. Qual é a função de cada um?

Há aquelas mulheres que gostam de homens à moda antiga (opa! o/), que são cavalheiros, educados, abrem a porta do carro, puxam a cadeira para elas sentarem, dão flores, fazem declarações de amor, etc... Mas isso não significa que elas querem que eles tomem a frente nas decisões que deveriam ser do casal. E eu já observei a tendência desse modus operandi em algumas situações, com pessoas diferentes.

"Fiz o que achei que era melhor pra nós dois." Alow, cara pálida, se são DOIS, você não acha que esqueceu de perguntar a opinião de alguém não?! Tipo, você pode ter a maior boa intenção do mundo, mas de boa intenção o inferno tá cheio. Decida coisas sozinho quando essas decisões não afetarem a pessoa que está ao seu lado - aliás, dentro do possível, quando não afetar a ninguém além de você mesmo, embora isso seja um pouco difícil. É claro que quando digo "ao seu lado" não me refiro necessariamente apenas a relacionamentos nomeados; as coisas estão tão efêmeras e amalgamadas hoje em dia, que muitas vezes as pessoas têm um relacionamento pelo sentimento que as une, e não por nomenclaturas pré-determinadas. É principalmente a esses que me refiro.

Então, amiguinhos da turma do cromossomo Y, pensem duas vezes antes de virem com a ideia do "melhor pra nós dois" ou "não queria fazer você sofrer". Se resolveu fazer alguma coisa que afete diretamente uma outra pessoa, pro bem ou pro mal (segundo sua própria avaliação, é bom frisar) é pelo menos de bom tom avisá-la disso. Terminar relacionamentos via telefone e internet, por exemplo, já não parece ser mais uma coisa tão incomum; mas pior é ficar sabendo por algum desses meios que a outra pessoa resolveu isso e esqueceu de te avisar.

Algumas coisas não mudaram. A maioria das mulheres continua querendo ser cuidada, paparicada, afofada, mimada, protegida num abraço apertado (mesmo que diga o contrário, mesmo que finja ser durona - aliás, normalmente essas são as que mais querem); mas não são mais vocês que decidem as coisas sozinhos. Já descobriram que as mulheres pensam, e são absolutamente capazes de decidir sobre suas próprias vidas! Seria bacana lembrar disso. A máxima romana do "dividir para conquistar" ganha uma nova ótica aqui; dividindo problemas, dúvidas e insatisfações, conquista-se mais confiança. #fikdik

Semi-inaugurando

Êêêêê! Blog novo. Com postagens velhas, pois é, eu sei. Mas achei que essas aí do blog anterior estariam de acordo com o novo, e por isso as resgatei. Também pra testar o layout desta bagaça - Alguma coisa me incomoda, talvez a parte das postagens muito estreita, mas vai ficar assim. Depois de, numa crise, cometer bloguicídio, deu um trabalhão recuperar os gadgets (leia-se tranqueiras), então não vou mexer mais nesta budega nem tão cedo. Eu acho.

Well. Então estamos aí pra falar de tudo e de coisa nenhuma.


E eu começo o blog (no terceiro post) falando do meu dia: Dia do orgulho nerd, ou geek pride day, que se comemora em 25/05*.

Como tudo no mundo de hoje, o conceito de "nerd" é muito variável (aliás, o relativismo da atualidade me incomoda às vezes). A primeira imagem que vem à mente, provavelmente, é a daquele cara feio, de óculos, gênio em exatas (física, química, matemática, whatever), que não sabe se relacionar com as pessoas e por isso vive uma vida virtual. Acho que esse é o estereótipo mais básico do nerd. Tem outros detalhes também, como gostar de ficção científica e talz. Percebam; nerd não é sinônimo de CDF. CDF é o cara que só tira notão em tudo, e pode ser popular ou não. Nerd tira notão naquilo em que é especialista, e em geral tá longe de ser popular. É diferente.

Descobri numa realidade paralela na net que existem subtipos de nerds. E com isso descobri que faço parte de pelo menos uns quatro grupos e já fiz de outros dois... Oh, gosh. Vejamos... Temos os Geeks, que usualmente são relacionados aos fanáticos por tecnologia (opa! Tamojunto). Os RPGistas, ou adeptos do Role-Playing Game, os jogos onde você interpreta personagens (eu tenho mais de cem páginas com uma história de elfos e demais seres fantásticos, personagens de aventuras de RPG... Falta-me tempo pra terminá-la). Os Fanbases ou Fandons, fãs de determinada obra (em geral Senhor dos Anéis e Star Wars - Tamojunto again)... E por aí vai o fantástico mundo dos nerds... Há ainda os gamers (já fui, na adolescência - jogar Mortal Kombat era tudo!), os Cards Gamers (ainda tenho minhas cartas de Magic!)...

Mas graças ao relativismo que me incomoda, eu posso me considerar nerd mesmo sendo uma ameba com números (sério, devo ter discalculia), e não usando óculos (buáá). Assim como eu, outros nerds assumidos (ou não), podem comemorar no dia 25/05 - aliás, vai ter um evento na ECO (Escola de Comunicação da UFRJ - mais informações aqui) pelo dia. Infelizmente eu não vou estar presente. Pois é, vai ser justamente na hora da aula em que vou apresentar um trabalho... :(

Enfim, a mensagem de quase-abertura do blog era essa. Nerds do mundo, uni-vos! Mas via internet, é claro. :D

* O dia 25/05 não foi escolhido aleatoriamente. O Dia do Orgulho Nerd foi criado em 2006 na Espanha, pra comemorar a estreia do primeiro filme da série Star Wars, em 1977.