Cromosssomo Y


Pois é, parece que depois daquele lance de revolução feminina as coisas ficaram meio confusas. Generalizações não são bacanas, mas já peço desculpas, de antemão, porque farei algumas.

Nós tínhamos a sociedade toda certinha, com os machos da espécie provendo a casa, dando suas puladas de cerca "naturais" (sic), e determinando tudo o que era bom para a família (esposa e filhos). A decisão era dele. Ele era o "chefe da casa". Aí veio essa tal de pílula, umas malucas andaram queimando sutiãs na rua, e o mundo virou de pernas pro ar. E o nosso pobre espécime masculino às vezes parece não saber muito bem como agir.

Deixando claro algumas coisas sobre minha posição acerca do assunto, gostaria de dizer que pra mim quem tem chefe é índio. Fora isso, eu já fui mais feminista, lá pelo começo da adolescência; mas não tem jeito, meu gene romântico medieval não deixou isso evoluir muito. Então eu oscilo entre os dois lados, mais ou menos ali pelo meio. Nem "os homens mandam" nem "abaixo a ditadura masculina". O meio termo é muito difícil de se obter, e por isso ele é tão importante.

Well, voltando ao assunto, o fato é que essa revolução toda parece ter deixado os relacionamentos um tanto quanto confusos. Qual é a função de cada um?

Há aquelas mulheres que gostam de homens à moda antiga (opa! o/), que são cavalheiros, educados, abrem a porta do carro, puxam a cadeira para elas sentarem, dão flores, fazem declarações de amor, etc... Mas isso não significa que elas querem que eles tomem a frente nas decisões que deveriam ser do casal. E eu já observei a tendência desse modus operandi em algumas situações, com pessoas diferentes.

"Fiz o que achei que era melhor pra nós dois." Alow, cara pálida, se são DOIS, você não acha que esqueceu de perguntar a opinião de alguém não?! Tipo, você pode ter a maior boa intenção do mundo, mas de boa intenção o inferno tá cheio. Decida coisas sozinho quando essas decisões não afetarem a pessoa que está ao seu lado - aliás, dentro do possível, quando não afetar a ninguém além de você mesmo, embora isso seja um pouco difícil. É claro que quando digo "ao seu lado" não me refiro necessariamente apenas a relacionamentos nomeados; as coisas estão tão efêmeras e amalgamadas hoje em dia, que muitas vezes as pessoas têm um relacionamento pelo sentimento que as une, e não por nomenclaturas pré-determinadas. É principalmente a esses que me refiro.

Então, amiguinhos da turma do cromossomo Y, pensem duas vezes antes de virem com a ideia do "melhor pra nós dois" ou "não queria fazer você sofrer". Se resolveu fazer alguma coisa que afete diretamente uma outra pessoa, pro bem ou pro mal (segundo sua própria avaliação, é bom frisar) é pelo menos de bom tom avisá-la disso. Terminar relacionamentos via telefone e internet, por exemplo, já não parece ser mais uma coisa tão incomum; mas pior é ficar sabendo por algum desses meios que a outra pessoa resolveu isso e esqueceu de te avisar.

Algumas coisas não mudaram. A maioria das mulheres continua querendo ser cuidada, paparicada, afofada, mimada, protegida num abraço apertado (mesmo que diga o contrário, mesmo que finja ser durona - aliás, normalmente essas são as que mais querem); mas não são mais vocês que decidem as coisas sozinhos. Já descobriram que as mulheres pensam, e são absolutamente capazes de decidir sobre suas próprias vidas! Seria bacana lembrar disso. A máxima romana do "dividir para conquistar" ganha uma nova ótica aqui; dividindo problemas, dúvidas e insatisfações, conquista-se mais confiança. #fikdik

2 Response to "Cromosssomo Y"

  1. Rangele Guimarães says:
    26 de maio de 2010 às 21:35

    Realmente em muitos pontos concordo contigo figura... Na verdade o que se tem hj em dia, é a fato do não ter nada, do não se enquadrar em nada, e quando há um certo "enquadramento" o resto parece ser o estranho, o "anormal", ficando o "ser normal" o que outros estipulam e não vc. Mas não são só os homens que se perdeream nesta, as mulheres, elas sim, principalmente.

    Lembro-me desta feita de um post que uma vez li, cujo o título era: "O mundo tá emputecendo ou sou eu que parei no tempo?

    E por ai vai... E como cá dizemos: Segue o baile!

    P.s: recebi por e-mail sim \o/, pena que não dá para responder por e-mail tb, aliás, tive que escrever tudo num bloco de notas para depois colar no blog... Retiro o que disse antes, ele não é pesado.. Ele já tá com uma obesidade mórbida :p

  2. Fabiana Amaral says:
    26 de maio de 2010 às 21:49

    Hauhauhauah... A-D-O-R-E-I o título do post! Se você lembrar onde viu, me manda o endereço? Gostaria de ler! :D

    Sim, eu também acho que as mulheres às vezes parecem mais perdidas que os homens nesse "novo mundo de direitos iguais" (sic). Mas o meu ponto principal era o decidir pelo outro um relacionamento (com ou sem nomes clássicos, aqui eu falo de relacionamentos sentimentais, e não sociais) que é dos dois. Mas que bom que o texto dá margem a outros tipos de reflexões. :)

    E, sobre o blog, quando eu tiver tempo troco o template. Semana que vem, talvez. Esta semana não dá, tô correndo, correndo... :-/

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