Rapidinha

Não, esta bagaça não tá abandonada, embora pareça. É verdade, eu tenho andado mais pelo Facebook e pelo Twitter do que por aqui - a facilidade das redes sociais. Pra escrever num blog, é preciso ter assunto e tempo pra desenvolver as ideias. Assunto a gente inventa, agora, tempo pra desenvolvê-lo... Aí pega. Por isso eu tenho me rendido à rapidez estéril do Twitter e do Facebook. Eu tenho uma dissertação pra escrever, um relatório pra preencher pra CAPES e produção pra apresentar, ou seja... No way. Sem condições de escrever mais do que algumas linhas de bobagens soltas por aí.

Maaaaas, pra não deixar esta coisa às moscas, às vezes eu separo um tempinho pra rabiscar algumas reclamações ou, como neste caso, pra trazer algo que li em outro lugar. Mas - putz grila - tinha que ser tão meu? Tinha que ser tão eu?

Então vá, se quiser ir. Te dou mais uma chance para me esquecer, se apaixonar por alguém, se reapaixonar, quem sabe. Também tentarei fazer o mesmo, é hora de tocar a minha vida sem você. Quem fica, fica por vontade própria.
Te dou um tempo sem mim, me dou um tempo (doído) sem você. E quem sabe um dia você descubra se tudo isso te significou alguma coisa, se foi de verdade. A diferença entre a gente é que sei que ainda me lembrarei de ti em dez anos e talvez você esqueça meu nome. Porque não sei exatamente se pra você fui amor ou fogo de palha.
Então vá, não vou pedir pra ficar, não vou mais desejar que me peça para ficar. Não farei mais perguntas, engolirei um silêncio seco, feito bola de pelo na garganta. Porque é melhor assim, não é mesmo? Não.
Talvez você tenha razão, talvez eu tenha inventado um amor que só existiu dentro de mim. Talvez um dia eu olhe para trás e perceba o quão infantil eu fui, logo eu, sempre tão madura emocionalmente.
E eu te desejo algumas coisas. Que seja feliz, de verdade. Que um dia encontre alguém que consiga amar e que não te machuquem. Desejo coisas do passado também, como por exemplo, ter sido capaz de acelerar teu coração, de te dar nós na garganta, de te fazer sorrir sozinho antes de dormir. Desejo ter frequentado alguns sonhos seus e atormentado alguns pensamentos.
E desejo, acima de tudo, que se um dia quiser voltar, que venha de coração aberto. Que nunca esqueça o quanto te gosto. Que não tenha medo de me mandar uma mensagem no meio da noite dizendo que sente saudade, se sentir. Que não tenha receio de me bagunçar outra vez, se perceber que é de verdade. Você conhece meus caminhos, então venha, se quiser. E permita se perder em mim.
Eu já entendi teu silêncio, então pode ir tranquilo. Fica bem, eu também vou ficar, cedo ou tarde. E se ainda for importante para você, não me deixa te esquecer; se passar muito tempo, posso ter endurecido demais. Se nossos caminhos ainda estiverem cruzados, te vejo em breve, quem sabe. Se não, se cuida e me esqueça aos pouquinhos.

E se permita amar um pouco mais.


*E a música tema deste post, pra mim, seria "A Sua", da Marisa Monte. A maldita música que me faz chorar desde 2002, e que, sei lá porque cargas d'água, ultimamente várias pessoas resolveram relembrar no Facebook. Só pra me atormentar. Quando eu digo que tem alguém lá do outro lado (em cima ou embaixo, anyway) que adora curtir uma com a minha cara...

2 Response to "Rapidinha"

  1. Anônimo Says:
    24 de outubro de 2011 às 16:34

    Bem-vinda ao clube acadêmico :p
    Relatório CAPES? Estágio docência é? rs... A long time ago, a gente fugia da bolsa CAPES por conta do maravilhoso estágio docência... :p

  2. Fabiana Amaral says:
    26 de outubro de 2011 às 01:27

    Jura? Já eu ando pentelhando pra FAZER o estágio docência, porque quando o programa tem doutorado, os mestrandos não são obrigados a fazê-lo... Mas como eu quero seguir nesse hospício, a experiência em sala de aula é importante... E eu gosto, admito. :)

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