O branco


Quem nunca empacou diante de um texto, que atire a primeira pedra.

Se você é um ser que atravessou os duros anos da graduação, é quase impossível que nunca tenha vivido a cena: Você lá, tarde da noite, com uma folha em branco (de word ou de papel mesmo) na frente, refletindo exatamente o que se passava em seu cérebro. Se tentou se arriscar além da graduação, pior ainda. As exigências só aumentam, as limitações também, e o desespero, idem. Se nunca passou por isso, parabéns. Garanto que a imensa maioria dos mortais (acadêmicos) passou - e passa.

É claro que na graduação você ainda tenta driblar aqui e ali. Dependendo do curso, da disciplina e, principalmente, do professor, um Ctrl C + Ctrl V salva muitas vidas (crianças, não façam isso. É feio - eu sei porque já fiz a rodo). Mas vai tentar fazer isso num mestrado - não vou nem citar o doutorado. NÃO DÁ. Os caras parece que têm uma biblioteca digital, uma central de dados virtual ou coisa que o valha dentro da cabeça, ali, bem ao alcance da mão. Ou dos olhos, no caso. Eles batem o olho e TÁ LÁ. As coisas saltam, tipo o John Nash do filme Uma Mente Brilhante, saca? Por isso, esqueçam. Ctrl C + Ctrl V, aqui, só com referências bibliográficas. E é melhor que sejam boas e justificáveis.

E então você se vê sentado, diante do computador (ou do papel, whatever), tentando espremer o cérebro pra ver se sai alguma coisa. Cada frase é quase uma dor do parto (homens, considerem como um chute no saco). Bons tempos em que pra fazer uma prova você só tinha que decorar um questionário, hein?

E daí que esse texto vai ficar por aqui mesmo. Justamente porque estou num momento Omo - branco total.

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